domingo, 6 de julho de 2008

“ O Caminho que a Educação dos Nossos Jovens está a levar “

[O Procurador-Geral da República, Dr. Pinto Monteiro, declarou ontem em Viseu, que os crimes de corrupção têm evoluído muito, e reconheceu que, cada vez é mais difícil averiguar este tipo de crimes, aproveitando também, para condenar as agressões de menores a idosos na Madeira, afirmando, que ninguém está acima da Lei, incluindo os menores. Fico satisfeito com as declarações determinadas do Sr. Procurador da República; - Mas é bom que se realce, que o vergonhoso estado a que chegou a educação da maioria dos nossos jovens menores e adolescentes, tem muito de responsabilidade dos respectivos País. Em artigos anteriores tenho-me debruçado fundamentalmente, sobre a crise económica, que é gravíssima e que é necessário muita prudência e sabedoria para a contornar, mas esta crise económica que atravessamos à escala global é acompanhada por uma profunda crise de valores e de educação dos nossos jovens; - Qualquer cidadão atento, constata a forma autoritária e malcriada como a grande maioria dos nossos jovens lidam com as suas famílias, é hoje frequente, assistir-se a insultos de jovens aos País publicamente, assim como agressões verbais e físicas as País, quando não lhe dão o que querem; - Chegamos a este estado, devido à educação de facilitismo que a maioria dos País deram aos nossos jovens nos últimos anos; - A grande maioria dos jovens têm sido educados de forma branda, e com o fechar dos olhos dos País a faltas de respeito, desde tenra idade, assim como, tem sido proporcionado à grande maioria dos nossos jovens uma vida facilitada em que os País se sacrificam para tudo lhes dar de mão beijada. Este tipo de educação, assente na facilidade e na falta de valores, só pode conduzir a uma Sociedade futura, mais egoísta, sem princípios e criar uma amálgama de jovens capazes de tudo para obterem os seus desejos e caprichos. Foi um grave erro, do Estado Português, abandonar os princípios rígidos de disciplina que existia nas escolas antigamente, a praxis actual é relaxada e irresponsável, e só conduziu a extremos, como o que tem acontecido, de jovens agredirem Professores e a terem uma linguagem das mais censuráveis possíveis; - Felizmente que o Parlamento Português, após todas as agressões, mudou a legislação escolar, mas esta atitude do poder legislativo perante o que se tem passado nas nossas escolas, não irá revolver o problema fundamental, que é; - Foi criada uma Geração na sua maioria, sem princípios, sem formação cívica, egoísta, ingrata e profundamente mal educada. Perante aquilo que Eu assisto todos os dias e pela minha experiência pessoal, penso que só com medidas duras é que se pode contrariar a tendência perigosa dos nossos jovens. Em primeiro lugar, deve-se instituir no capitulo dos princípios da boa educação, a tolerância zero nas nossas escolas; - Em segundo lugar perante o que tenho assistido, defendo que a idade de 16 anos para criminalizar os jovens, deve ser encurtada para os 14 anos e em terceiro lugar é necessário que se faça uma continuada pedagogia ao mais alto nível, junto dos País, a fim de os sensibilizar, para não facilitarem no núcleo familiar, no que diz respeito aos princípios básicos da boa educação e do respeito pelos outros; - Principalmente, o respeito e a não discussão sobre a autoridade dos que tutelam os jovens e a defesa da família e da sua autoridade hierárquica; - É na família que nasce o Homem, que se educam as gerações, e ai se forma a personalidade de cada um; - Se não se for inflexível nos princípios da autoridade e do respeito, dentro do núcleo familiar, estamos a formar jovens sem princípios e sem perspectivas de sucesso no futuro, - Que em alguns casos, resulta em serem criados jovens, que mais tarde destroem a Família; - colocam-na em causa e acabam em inúmeras vezes por entrar em caminhos pouco aconselháveis, que os levam à delinquência num primeiro momento e consequentemente à Cadeia. É urgente que exista uma pedagogia ao mais nível; - explicando aos País, que não é com facilidades e dando tudo o que os filhos querem que estão a levar a cabo uma boa educação; - O que acontece com esta praxis na maioria das vezes, é serem criados jovens, que nunca vão ser nada na vida e sem a mínima preparação para a vida. É minha forte convicção que se o Estado Português, não considerar o problema da Educação dos nossos jovens como prioritário, caminhamos a passos largos, para ter uma futura geração com um carácter de contornos aterradores. O Sr. Presidente da República, na altura das agressões a Professores, foi sensível a esta temática e até solicitou uma reunião com o Procurador da Republica, - Mas não pode ser só o Sr. Presidente da República a sensibilizar-se sobre este gravíssimo tema; - É uma obrigação de toda a sociedade, desde os Tribunais ao Governo da Republica, passando pela própria Igreja Católica; - Contrariar já, e urgentemente o caminho que está a ser levado neste âmbito. Lisboa. Luís Bràulio Cardoso de Macedo Pereira. 39 ª Opinião – Publicada em 06 de Julho de 2008 – Domingo – 20.44 Horas (Contacto para comentários a ser publicados; depois de validados: “ brauliopt@gmail.com “]