terça-feira, 15 de julho de 2008

“ A situação financeira de Portugal não está famosa e é urgente que a União Europeia aposte em energias alternativas “

[Não obstante a Contestação Social aparentemente ter diminuído, a realidade dos números da nossa Economia, demonstra claramente que a situação financeira do País não é nada famosa e que merece melhor atenção por parte dos Nossos Governantes. A realidade dos números assim o demonstram. Os preços aumentaram 3,4 % no mês de Junho face a igual mês do ano passado; - O que é demonstrativo de um desvio substancial face à meta de 2,1 por cento da inflação prevista pelo Governo para 2008. É de salientar que o aumento da Função Pública foi de 2,1 %, assim como na generalidade do sector privado, o que se traduz numa perda real do poder de compra dos Portugueses. Quando o Governo situa a inflação actual em 3,4 %, omite que a inflação não aumentou 3,4% em todos os sectores; - É muito importante salientar que nos bens alimentares, nos últimos doze meses a subida acumulada dos preços do cabaz de alimentos foi de 5,8 %; - Esta realidade demonstra que o aumento do preço dos alimentos é quase três vezes superior à actualização dos salários, realidade que atinge de forma significativa as famílias mais carenciadas, porque gastam parte mais importante dos seus salários em comida. A Nossa Bolsa de valores, tem registado quedas brutais, havendo uma forte tendência vendedora dos Investidores que operavam na Nossa Praça. Aquém dos 12.000 Pontos ideais, o índice PSI20 encontra-se nos 7995 Pontos, penalizado por todos os seus 20 Títulos; - De uma forma visível, assiste-se ao abandono gradual dos Investidores na Nossa Bolsa de Valores. O Preço do Petróleo que teve uma baixa passageira por razões conjunturais, voltou à tendência de alta e já superou o preço de 147,00 Dólares o Barril. É bom que se tenha a noção que o preço do Barril do Petróleo vai continuar a aumentar e chegará aos 200,00 Dólares o Barril até ao final do ano. O aumento do preço do petróleo é imparável, devido ao aumento do consumo das economias emergentes. Os Governantes da Europa têm que deixar de ter a ilusão que haverá no futuro uma diminuição do preço do petróleo. O aumento constante do crude, gera fatalmente inflação; - E esta realidade, terá que ser combatida pelos Países da União Europeia com uma política consertada de diminuição gradual da dependência do crude e isso pode-se fazer com investimento em massa em energias alternativas; - É urgente fazer mais Barragens e apostar na energia Eólica, Solar e Marítima. Quem acompanha a evolução do Mundo, já chegou à conclusão que mais cedo do que se previa, a energia fóssil tem os dias contados, devido à procura desenfreada das economias emergentes como a Índia e a China. Em face desta realidade, os Governantes da Nossa União Europeia têm que adoptar medidas de longo prazo para resolver o grave problema energético que está na ordem do dia. Quanto a mim, será um erro gravíssimo, tentar resolver o actual problema energético só com os apelos para um aumento da produção; - Esta atitude só poderá levar à resolução do problema de forma pontual e não a uma resolução eficaz do problema para o futuro; - Por tudo o que escrevi anteriormente; - Sou de opinião que os Governantes da União Europeia, devem delinear uma estratégia comum, de longo prazo, que não adie o problema energético para as gerações futuras. Na minha opinião, a estratégia comum a ser tomada é a aposta forte em energias alternativas, considerando essa estratégia como prioritária e fundamental para acautelar o futuro dos Nossos Filhos. Lisboa. Luís Bràulio Cardoso de Macedo Pereira. 47 ª Opinião – Publicada em 15 de Julho de 2008 – Terça - Feira – 14.51 Horas (Contacto para comentários a ser publicados; depois de validados: “ brauliopt@gmail.com “]