quarta-feira, 9 de julho de 2008

“ É urgente que o Sr. Procurador Geral da República tenha uma acção rápida sobre as irregularidades no BCP “

[O que se passou no BCP, durante o consulado do Eng. Jardim Gonçalves, é grave demais para não produzir um castigo exemplar aos intervenientes. Hoje o Sr. Presidente da Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) – Dr. Carlos Tavares, ouvido na Comissão Parlamentar de Supervisão Bancária, reafirmou que o processo do BCP tem aspectos muito negativos e onde se registaram várias irregularidades; - Segundo o Dr. Carlos Tavares o controlo interno do BCP não funcionou, devido ao modelo de governação do Banco, que não tinha Gestores Independentes, nem sequer uma Comissão de Auditoria Colegial. O Presidente da CMVM, explicou, e muito bem, aos Srs. Deputados, que o Organismo que lidera não tem que garantir que as contas que as empresas apresentam são verdadeiras; - A CMVM tem que garantir que a informação existente é transmitida ao mercado, e foi o que foi feito sempre; - No entanto, constata-se pelas palavras do Presidente da CMVM, que já foram diagnosticadas explicações do Banco que mais tarde se revelaram falsas, o que agora obriga a própria CMVM a ter mais cautela quando recebe informações do BCP. Depois de ter feito uma análise exaustiva ao problema do BCP e de ter trocado ideias com Amigos Meus, bem colocados no mundo da Banca em Portugal; cheguei à conclusão, que houve irregularidades muito graves na gestão do BCP, durante o consulado do Eng. Jardim Gonçalves; - Existiu tráfico de influências a vários níveis, que compete à Procuradoria Geral da Republica apurar e também existiu favorecimento “ descarado “ com dinheiros do Banco (Com o Dinheiro de todos os Accionistas) a figuras próximas do Eng. Jardim Gonçalves, designadamente ao Seu Filho, que compete também à Procuradoria Geral da República apurar. O Dr. Pinto Monteiro, à dias em Viseu, declarou que ninguém escapa a ser investigado, com o objectivo de moralizar de vez a Sociedade Portuguesa; - Estas declarações do Sr. Procurador da República (Por quem tenho o maior respeito), não podem nem devem “ cair em saco roto “, têm que ter efeitos práticos, e por isso, considero que é urgente que o Sr. Procurador Geral da Republica, considere prioritária a investigação ao que se passou de irregular na gestão do BCP, durante o consulado do Eng. Jardim Gonçalves; - O Sr. Procurador Geral da República, já teve um Almoço a sós com o Presidente da CMVM, onde foi elucidado pelo Dr. Carlos Tavares de tudo que queria saber sobre o processo BCP e em paralelo tem informações dos investigadores sobre a alçada da Procuradoria Geral da República privilegiadas; - Sendo do domínio público algumas das muitas irregularidades que o BCP cometeu no consulado do Eng. Jardim Gonçalves; - Não entendo porque razão o Dr. Pinto Monteiro não avança de vez, para uma conclusão definitiva do que realmente se passou e acusa os verdadeiros prevaricadores. Esta atitude é o mínimo que se pede a um Procurador Geral da Republica, sabendo Ele, que o arrastar desta situação, sem haver uma acusação formal em sede criminal sobre o imbróglio BCP, num primeiro momento inviabiliza que os responsáveis sejam acusados e depois exemplarmente condenados em tempo útil e num segundo momento está a contribuir para uma má imagem da Nossa Banca junto do Exterior. Por tudo; - Peço ao Dr. Pinto Monteiro, que seja rápido em relação ao problema BCP, porque é essa a sua obrigação institucional. Lisboa. Luís Bràulio Cardoso de Macedo Pereira. 42 ª Opinião – Publicada em 09 de Julho de 2008 – Quarta - Feira – 19.56 Horas (Contacto para comentários a ser publicados; depois de validados: “ brauliopt@gmail.com “]