terça-feira, 8 de julho de 2008

“ Os líderes dos países mais industrializados do mundo não tomam medidas eficazes para acautelar o futuro das economias do globo “

[Mais uma vez, os líderes dos Países mais industrializados do mundo, reunidos no Japão, não aproveitaram a oportunidade para definir uma estratégia concertada para a resolução eficaz dos graves problemas que afligem a economia à escala mundial. O apelo do G8, feito esta terça – feira, aos países produtores de petróleo para aumentar a sua produção a curto prazo, não resolve absolutamente nada a gravíssima crise em que está mergulhada a economia a nível mundial. Na minha opinião os produtores de petróleo não têm margem de manobra para procederem a um aumento da produção, e mesmo que esta possibilidade fosse exequível, funcionaria como uma “ aspirina “, que não tinha efeitos práticos na resolução da crise. Na minha opinião, se o espírito nas intenções do G8 fosse começar a delinear uma estratégia de longo prazo para a resolução do gravíssimo problema; - Deveriam em primeiro lugar, delinear uma estratégia comum de diminuição do consumo e em segundo lugar fazer uma aposta séria e concertada em novos tipos de energia renováveis e alternativas aos combustíveis fósseis. É importante salientar, que a procura de petróleo por parte das economias emergentes, como a Índia e a China, mesmo que exista um aumento da produção, ele será absorvido pelo mercado. Estou convencido que a procura tem tendência a aumentar de forma progressiva e consequentemente as reservas de combustíveis fósseis à escala planetária têm os dias contados; - Por essa razão, e acautelando o futuro das futuras gerações (É este o pensamento que deveria estar sempre subjacente às decisões dos Governantes), defendo que, com a máxima urgência, se deveria delinear um projecto comum à escala mundial de paulatinamente, substituir a energia fóssil por energias alternativas e renováveis e que não tenham efeitos colaterais na destruição do planeta como tem o combustível fóssil. Esta reunião do G8, deveria ser um marco na História do Planeta, para que os Países mais industrializados do mundo, começassem a tomar medidas concretas para de forma gradual não estarem dependentes do Petróleo e dos Países que o produzem. O G8 não obstante terem concordado no papel, na redução de pelo menos cinquenta por cento das emissões de gases com efeito de estufa, eu penso, que não passa de intenções que não vão ser concretizadas, e é fácil chegar a esta conclusão se nos debruçarmos sobre o resultado que deu o protocolo de Quioto. Sendo este o terceiro choque petrolífero, já era tempo dos líderes dos Países mais industrializados do mundo, se convencerem que para no futuro não se agudizar a crise e para não existir futuramente o quarto ou quinto choque petrolífero, a opção a tomar, deveria ser uma estratégia global de reduzir ao mínimo a dependência do petróleo; - Enquanto não se pensar de forma séria a menor dependência do petróleo, a crise vai continuar e só tem tendência a piorar e com gravíssimas consequências para as gerações futuras. As gerações futuras vão ser as grandes vítimas das políticas egoístas e de curto prazo que agora os líderes dos Países mais industrializados estão a tomar. Lisboa. Luís Bràulio Cardoso de Macedo Pereira. 41 ª Opinião – Publicada em 08 de Julho de 2008 – Terça - Feira – 16.20 Horas (Contacto para comentários a ser publicados; depois de validados: “ brauliopt@gmail.com “]